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terça-feira, fevereiro 17, 2009

Com a cabeça entre as orelhas

No espaço de um mês passei da versão, 'afinal estás de quanto tempo?... quase nem se nota!' para a versão 'E pá, que grande barriga, quanto tempo falta?'. A verdade é que eu própria acho que foi de repente, lembro-me de acordar num dos primeiros dias de Janeiro, e deitada de barriga para cima, pôr a mão em cima da barriga e pensar 'e, pá, manelito, já deves ter mais que meio kg...'

Mas as transformações nao são só essas. Passei da fase em que sentia apenas uns pequeninos movimentos para uma fase em que acho que ele não pára quieto e que além de sentir as mexidelas, olho para a barriga e vejo uns montinhos de um lado e depois de outro, e quase consigo adivinhar de que lado tem o rabo, a cabecita, etc... Com estas alterações veio a primeira contracção. Sem saber o que era... achei que era apenas uma dor forte, e só quando chegámos ao curso é que nos foi explicado como eram as primeiras contracções e dissemos ah, então também já 'tivemos'.

Não me sinto mais chorona nem irritada, nem com menos paciência antes pelo contrário, e acho que no trabalho já não me chateio tanto porque finalmente consigo perceber o significado da frase 'isto são só anúncios, não é importante'.

Perguntam-me coisas estranhas, se choro e rio em situações estranhas, tenho dito que não e acredito mesmo nisso. Se me custa dormir, se me doiem as costas, se me faz confusão o peso a barriga e o volume, mas também não. Se penso no parto, se tenho medo, o que preferia... Respondo que se entrou vai ter de sair, da forma que ele escolher e no dia que ele decidir. Pelo menos assim espero.

Às vezes ainda me esqueço que estou grávida e vou atar os atacadores dos ténis como antes, cheia de pressa e a dobrar-me como se ele não estivesse cá dentro. Mas ele relembra-me que agora é melhor fazer tudo mais devagar e eu tento ter mais atenção.

Quanto tomo banho de imersão ele diz-me para não estar lá muito tempo para não lhe cozer o filho. Quer-me fazer as comidas que mais gosto, quer ir jantar fora imensas vezes para ver se assim eu fico mais satisfeita, quer que coma o que me apetece porque pela 1ª vez na vida não estou preocupada com o que engordo.

Animo-me quando leio os fóruns tontos da net das grávidas, principalmente um específico em que são todas mães de bébés que supostamente nascem em Maio, por ver a sorte que tenho. Com ele, com ele e com tudo o resto. Fico sempre a achar que vomitar todos os dias não é nenhum big deal e que continuo a trocar esse sintoma por todos os outros que as outras grávidas parecem acumular, ao mesmo ritmo dos kgs, semana após semana. Animo-me quando vou à médica, e ela com a sua frieza diz que está tudo bem, que tem pena que eu não aproveite mais os meus dias de grávida, mas que está tudo a correr dentro de uma anormal normalidade. Porque me acalma sempre pela sua maneira de ser e me surpreenda em todas as consultas. Sem eu perceber porquê.

Animo-me a comprar roupas para ele e a imaginá-lo lá dentro, vejo-o sempre com a cara igual a uma das minhas fotos preferidas do pai quando tinha 2 anos. Antes disso nem o consigo imaginar.
Animo-me ainda mais agora que o quarto estás completamene vazio e começam na sexta-feira os preparativos da chegada.
Espero que goste.

2 comentários:

bertioz disse...

Porquê? Achas que não sou eu na foto? ehehe
dá-me lá o teu email para falarmos directamente.
Bjs
Patrícia

Lita disse...

ritajrodrigues@gmail.com

; )